Li uma notinha no jornal, muito pequena, que dizia que, na Austrália, o costume de jogar arroz nos noivos, quando eles saem da igreja após se casar, foi substituído por outro tipo de arremesso: agora os convidados jogam borboletas no casal. Vivas, eu espero. É um fato irrelevante e nem sei se é verdadeiro, talvez tenha acontecido uma única vez e já estejam dizendo que virou moda lá para os lados da Oceania, mas gostei da notícia, por todas as suas implicações. Arroz é comida, comida lembra fogão, fogão fica dentro de casa: tudo muito prosaico. Arroz cru é duro, machuca. Sua cor é branco sujo, não deslumbra. E o mais grave: arroz não voa. Borboleta é o símbolo da transformação, é liberdade e cor. Borboleta não morde, não pica, não zumbe, não tem veneno, não transmite doença, não pousa em cima da nossa comida. Borboleta é mais bicho-grilo que o grilo, deveria ser a legítima representante do paz e amor. Arroz alimenta o corpo, a borboleta alimenta o espírito. O que é mais importante em...